sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vida não existe sem....

De repente, a vida, mestra em dar nós e fazer charadas, os colocou frente-a-frente, outra vez.

Há muito tempo, quase 8 anos, que eles não se viam. O mesmo destino que os afastou, propiciou, por certo, aquele reencontro. O calor no corpo, o vermelho do rosto, o jeito de espanto, falavam mais que palavras.
Numa fração de segundo, num insight, eles recordaram aquele tempo de escola.
Ao se verem, estancaram imóveis, mudos.Ele aspirou fundo e recordou a aparÊncia dela. Ela retribuiu o olhar sugestivo, fitando suas mãos.
Os dois estavam ali, frente-a-frente, contemplando-se reciprocamente. Ele continuava com os mesmos olhos expressivos, o mesmo sorriso maroto...
Ele estava um pouco mais velho, mas com o ar de sempre, como quem diz coisas sérias com cara de menino travesso. Ao sorrir, ela o fez olhar sua boca. .
Depois de milhares de passos e tantas esperas,eles de novo se encontraram, ali naquele bar, à frente de tanta genteSó disseram duas palavras: “Oi!” disse ela. “Como vai?" perguntou ele.Então se enamoraram alí mesmo.
Olhares falando, bocas pedindo, mãos se procurando. Havia muita gente na calçada. Ele colocou a mão sobre o ombro dela, que, suavemente enlaçou sua cintura. Os dois se olharam, como obedecendo a um script há muito decorado, sorriram e saíram caminhando, dobrando a esquina do escuro e entrando na iluminada rua dos sonhos...

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