quarta-feira, 29 de julho de 2009

Cada coisa em seu lugar

Toda vez que escuto o Ailson dizer "Meus amigos,uma coisa é uma coisa e outra coisa é OUTRA coisa" é que percebo o quanto no teatro tudo,eu disse TUDO,precisa ser bem organizado,elaborado e pensado ,desde que seja com verdade é claro.
Neste processo "A peleja da princesa Mariana e seu pássaro Garça Dourada contra a terrível rainha Valéria de Marambaia e a Feiticeira do mal"(é,é esse mesmo o nome do espetáculo)tudo é muito novo pra mim.Eu bem que queria estar lá naquele palco,vivendo tudo isso com eles como parceira de cena,mas me encontro em outra posição também privilegiada, a de Assistente de direção.Mais do que anotar tudo que a direção marca e precisa para que nada se perca durante o processo,minha função ali é de perceber através de tudo o que é dito e feito,as necessidades e car
ências de cada ator em cada cena.Não sou babá,mas também não me recuso a estender as mãos quando me é pedido.
Meus texto é cheio de rabiscos,cortes ,letras grandes,GARRAFAIS,cetas que vão de um lado para o outro,marcações,desenhos,símbolos que só eu entendo,mais parece um mapa do tesouro do que um texto de teatro.
Ma se tem uma da muitas coisa que aprendi com Adriano e Ailson é que :Texto em branco,não é texto de ator!
O nosso trabalho de observação é arduo,é exaustivo e permanente,é dar a cara à tapa,é chegar em casa e não conseguir dormir,é querer encontrar solução pra tudo,é repetir a mesma fala e quando se acha que conseguiu acertar o TOM ,esse é só mais um de muitos que precisam ser descobertos.
Trabalho 24 horas porque se pararmos não teremos arte.
Quem disse que é fácil?Se teatro fosse fácil não teria graça, ai sim eu faria medicina.

Respeitosamente
Mary Ferreira

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